sexta-feira, 7 de agosto de 2009
DEUS NOS DEU CRISTO PARA NOS TRAZER PARA SI MESMO
O irmão Andrew Murray que viveu entre os anos de
Nosso relacionamento com DEUS repousa no Seu profundo amor por nós.
Nós não somos capazes, por nós mesmos, de render-lhe este amor. Este amor é fruto de Sua vida em nós.
Vamos ler três textos que nos darão um quadro glorioso desta verdade:
Rm 5.5: “Ora, a esperança não confunde, porque o amor de DEUS é derramado em nosso coração pelo ESPÍRITO SANTO, que nos foi outorgado”. Este amor derramado para dentro de nós nos capacita a amá-Lo.
1 Jo 4.19: “Nós O amamos porque ele nos amou primeiro”.
2 Co 5.14: “Porque o amor de CRISTO nos constrange, julgando nós assim: que, se um morreu por todos, logo, todos morreram”. A palavra que Paulo usa aqui para “constrange” é sunecho, que significa: “prensar com a mão”. Este é um amor que não nos deixa outra alternativa que não seja Ele mesmo.
CRESCEMOS À IMAGEM DAQUILO QUE MAIS AMAMOS
Estamos todos num processo de transformação. Já saímos daquilo que éramos e chegamos à posição onde estamos; agora estamos caminhando para aquilo que seremos.
O irmão Tozer disse certa vez: o que nos perturba não é o fato de estarmos em transformação, e sim no quê estamos nos tornando. Cresceremos à imagem daquilo que mais amamos. Amar objetos errados é fatal para o crescimento espiritual; torce e deforma a vida e torna impossível a imagem de CRISTO ser formada em nós. Somente quando amamos as coisas certas é que nós mesmos podemos estar certos; e somente enquanto continuamos amando-as é que podemos nos deslocar lenta, mas firmemente, em direção aos objetos da nossa afeição purificada.
O AMOR É UMA AFINIDADE CRIATIVA
O amor, entre outras coisas, é uma afinidade criativa; ele muda, molda, modela e transforma. O amor é sem dúvida, o mais poderoso agente que afeta a natureza humana, depois da ação direta do ESPÍRITO SANTO dentro da alma.
O objeto do nosso amor, então, não é um assunto insignificante, a ser desprezado. Pelo contrário, é de importância atual, crítica e permanente; é profético do nosso futuro; mostra-nos o que seremos e, desta forma, prediz com precisão nosso destino eterno.
O MANDAMENTO BÍBLICO É AMAR A DEUS DE TODO CORAÇÃO E COM TODAS AS NOSSAS FORÇAS
O primeiro e grande mandamento bíblico é “Amarás o SENHOR, teu DEUS, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento” - (Mt 22.37).
Veja que o mandamento bíblico exige que amemos a DEUS “de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento”. O termo grego para “todo” aqui é holos, que é um adjetivo e significa “tudo”, “inteiro”, “completamente”.
Em Lucas capítulo 10 e os versículos
Vejamos:
1º. v.25: “certo homem, intérprete da Lei, se levantou com o intuito de pôr JESUS à prova” – quando lemos esta frase, no original grego temos apenas uma palavra que é kpeirazo, que significa: provar o caráter e o poder de DEUS em CRISTO.
2º. Se você perceber, nos versículos
Um homem com uma profissão errada – “intérprete da lei”. Ora, quem pode interpretar a Lei? Ninguém. A lei não era para ser interpretada. O propósito da lei era revelar a culpabilidade do homem diante de DEUS.
Um homem errado em suas motivações – Colocar JESUS à prova.
Um homem que fez uma pergunta errada – “que farei para herdar a vida eterna”. A vida eterna não é obtida pelo que fazemos, e sim por aquilo que DEUS fez. Paulo escrevendo aos Efésios no capítulo 1 e o versículo 11, diz: “Nele, digo, no qual fomos também feitos herança, predestinados segundo o propósito Daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade”.
Um homem errado em suas respostas – Sua interpretação da lei para ganhar a vida eterna estava baseada em seu amor a DEUS. É impossível amar a DEUS de todo o nosso coração, de toda a nossa alma e de todo o nosso entendimento. Quem jamais O amou assim? Somente uma pessoa, Seu Filho JESUS. Humanamente falando não é difícil amar a DEUS, é impossível! A vida eterna é obtida não pelo nosso amor a DEUS, e sim pelo Seu amor por nós.
3º. v.28: “Então, JESUS lhe disse: Respondeste corretamente; faze isto e viverás”. Aqui o SENHOR JESUS não está aprovando as motivações deste homem, e sim a Palavra de DEUS. O caminho da eternidade é este – amar a DEUS. Mas amar a DEUS é tão simples assim? Não. Só podemos amá-lo mediante o Seu amor derramado em nosso coração.
4º. vv.31,32: “Casualmente, descia um sacerdote por aquele mesmo caminho e.... Semelhantemente, um levita descia por aquele lugar”. Acidentalmente estes dois ministros da lei passaram por ali, e nada fizeram. O que a Lei poderia fazer pelo homem? Unicamente revelar quem de fato ele é.
5º.v.33: “Certo samaritano, que seguia o seu caminho, passou-lhe perto e, vendo-o, compadeceu-se dele”. Quem é este Samaritano? No Evangelho de João, capítulo 8 e o versículo 48, quando alguns judeus disseram assim ao SENHOR JESUS: “és Samaritano e tens demônio”, o SENHOR JESUS respondeu: “eu não tenho demônio”, mas não disse que não era Samaritano. Ele é o Bom Samaritano. Este texto nos revela o grande motivo que está por trás da redenção:
A salvação não é segundo o desejo do homem, e nem mesmo segundo o pedido do homem, e nem tão pouco uma resposta divina a algo que exista no homem. A salvação é uma obra completa de DEUS. Nosso querido DEUS foi movido por Sua graça, misericórdia e compaixão e nos deu Seu Filho. A obra mais espantosa que já sucedeu na história foi a vinda do Filho de DEUS a este mundo.
Fomos amados por DEUS simplesmente como resultado de Sua satisfação, do Seu bom prazer, segundo o beneplácito de Sua vontade, e inteiramente independente de toda e qualquer coisa que tenhamos feito; dito ou pensado.
O AMOR, A GRAÇA E A MISERICÓRDIA DE DEUS
“Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais. Mas DEUS, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com CRISTO, — pela graça sois salvos” Ef 2.1-5
O que é o amor de DEUS? O amor de DEUS é a essência do Seu ser. Quando a Bíblia diz que DEUS é amor, ela declara que toda a essência de DEUS, o caráter de DEUS é amor. Esta é a maior revelação da Bíblia. Quando dizemos que DEUS é amor, declaramos que amor é a natureza de DEUS. O amor de DEUS tem uma expressão: O SENHOR JESUS, o eterno Filho de DEUS, é a expressão desse amor.
A misericórdia de DEUS: A misericórdia vem do amor e resulta em graça A misericórdia de DEUS O levou ao estado mais profundo das nossas misérias.
A graça de DEUS: Uma vez que DEUS é amor, a questão da graça surge. O irmão Watchamam Nee disse: Quando o amor é expresso torna-se graça. O amor é algo em DEUS, mas quando este amor vem até nós, torna-se graça.
Quando o amor é transformado em ação, torna-se graça. Sem amor a graça não pode vir à existência. Quando o amor de DEUS flui para baixo, é graça. O amor de DEUS tornou-se graça por meio do SENHOR JESUS: “a graça e a verdade vieram por meio de JESUS CRISTO” – (Jo 1.17).
O QUE É ESTE AMOR ESPIRITUAL?
Este amor espiritual não é uma emoção caprichosa e irresponsável que as pessoas pensam erroneamente que é. Não é um amor volúvel e imprevisível, que surge espontaneamente e tanto pode perdurar como apagar-se sozinho. Este não é o amor de DEUS dentro de nós. A expressão romântica “apaixonar-se” nos deu a noção que somos obrigatoriamente vítimas das flechas do Cupido e que não podemos ter controle sobre nossos sentimentos. A resposta a esta pergunta e a todas as outras relacionadas a ela, é que o amor que temos por DEUS não é o amor do sentir, mas o amor do querer. Não somos responsáveis por sentir, somos responsáveis por amar, e o verdadeiro amor espiritual começa com o querer.
Devemos fixar nosso coração para amar a DEUS acima de todas as coisas. O amor é totalmente inclusivo. Quando amamos, todas as partes do nosso ser estão incluídas. O amor é sempre totalitário às suas exigências e respostas.
CRISTO, O AMADO DE DEUS
Vamos ler Efésios 1.6: “para louvor da glória de sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no Amado. Esta expressão nos fala de quatro coisas fundamentais:
1º. Da nossa relação com DEUS;
2º. Nela contém o magnífico sumário do Evangelho de CRISTO.
3º. Ela é a chave que nos introduz em todo mistério da encarnação, e de tudo quanto DEUS fez
4º. Da medida do amor de DEUS para conosco
Veja que Paulo repete sempre o nome do SENHOR JESUS nos versículos anteriores:
1. Paulo, apóstolo de CRISTO JESUS por vontade de DEUS, aos santos que estão em Éfeso, e fiéis
2. Graça a vós e paz da parte de DEUS nosso Pai e da do SENHOR JESUS CRISTO.
3. Bendito o DEUS e Pai de nosso SENHOR JESUS CRISTO, que nos abençoou com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestes em CRISTO,
4. Assim como nos escolheu Nele antes da fundação do mundo para sermos santos e sem defeito perante Ele,
5. e em amor nos predestinou para sermos adotados como filhos por JESUS CRISTO para Si mesmo, conforme o beneplácito da Sua vontade,
Agora preste atenção que Paulo subitamente, no versículo 6, O chama de “Amado”.
Perceba que ele estivera usando expressões “CRISTO JESUS”, “SENHOR JESUS CRISTO”, “CRISTO”, “JESUS CRISTO”, mas de repente ele diz “o Amado”.
Paulo faz isso para assinalar toda sua força e intensidade para destacar a natureza estupenda da nossa salvação.
Paulo já havia nos dito que fomos escolhidos para a santidade, para a filiação, para o louvor da glória de DEUS, e ainda, igualmente amados como o SENHOR JESUS, o “Amado” Filho de DEUS. É justamente isso que diz o apóstolo João no Capítulo 17 e o versículo 23 do seu Evangelho.
Luiz Fontes
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