terça-feira, 4 de agosto de 2009
Para ver a cruz em sua maravilhosa aptidão para a mais profunda necessidade do homem precisamos, por assim dizer, voltar para antes dela, para os registros mais antigos da história humana, e, então, daquela perspectiva veremos muito claramente o propósito de Deus em tornar Seu Filho uma oferta pelo pecado, um sacrifício pelos pecados de todo o mundo.
Em Gênesis 6 encontramos: “Viu o SENHOR que era grande a maldade do homem na terra, e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração”.
Uma proclamação requer um arauto, por isso Paulo escreve a Timóteo: “Para o que fui constituído pregador [arauto]”. (1 Ti 1:11). “Para o que (digo a verdade em Cristo, não minto) fui constituído pregador [arauto]”. (1 Ti 2:7). Todas estas passagens mostram a natureza de arauto na pregação da cruz por Paulo.
Agora quanto aos termos da proclamação. Ela é a “Palavra” da cruz. “Porque os judeus pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria; mas nós pregamos [proclamamos] a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos” (1 Co1:22-23); e a Palavra da cruz com sua parte gêmea da ressurreição. “Lembra-te de que Jesus Cristo, que é da descendência de Davi, ressuscitou dentre os mortos, segundo o meu evangelho [minha proclamação]” (2 Ti 2:8). Aqui temos a dupla mensagem da cruz colocada em termos da proclamação:
- Um Messias crucificado,
- Um Messias ressuscitado da morte
O Calvário e a ressurreição, não um sem o outro. Uma morte física real e uma ressurreição física real. Então quanto à responsabilidade do arauto de proclamar a mensagem. Encontramos isto em 1 Co 9:16-17 onde Paulo escreve sobre si mesmo: “Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim, se não anunciar o evangelho! E por isso, se o faço de boa mente, terei prêmio; mas, se de má vontade, apenas uma dispensação me é confiada”. Esta é uma linguagem forte, mas Paulo a usa para mostrar aos Coríntios a compulsão divina sobre ele e quão solene a verdade confiada a ele. Eles entenderam naqueles dias quanto absolutamente um escravo tinha que obedecer a seu mestre.
Oh! Que o mesmo senso de ser constrangido por Deus para proclamar Sua mensagem possa envolver cada um dos Seus redimidos, produzindo aquele calor brando do fogo interior que os faz despreocupados sobre si mesmos desde que cumpram sua mordomia. Deus é um Rei, enviando uma proclamação ao mundo, e Ele olha para a simplicidade daqueles que Ele verdadeiramente envia. Muitas vezes parece loucura crer nisso, mas a loucura de realmente confiar em Deus é a mais elevada sabedoria.
Em seguida, quanto ao lugar de proclamação em relação a outra verdade. “Porque Cristo enviou-me, não para batizar, mas para evangelizar [publicar as boas novas]” (1 Co 1:17). As ordenanças externas eram secundárias em importância para a proclamação da mensagem. No campo missionário a obra primária dos missionários não é conseguir muitos batizados e introduzidos no rol da igreja, mas de publicar as boas novas. E quanto à linguagem e a forma na qual a proclamação deve ser entregue. “Não em sabedoria de palavras, para que a cruz de Cristo se não faça vã”. A proclamação não precisa do adorno de belas palavras e linguagem. Tem apenas que ser proclamada nesta simplicidade aberta, pois é a “Palavra da cruz” que é o poder de Deus, não as palavras sobre ela.
Aqui está também exposto o fato solene de que a mensagem que contém o poder de Deus, pode se tornar vazia e sem poder pelo pregador. Isso explica porque hoje há resultado tão pequeno mesmo quando o evangelho é pregado. Tão poucos realmente crêem que a “Palavra” mesmo, simplesmente exposta, tem nela o “poder de Deus”. Eles não querem ser simples transmissores da palavra escrita. Eles querem pregar sermões sobre a cruz, mais do que simplesmente PROCLAMÁ-LA! Quando a solenidade da confiança e do caráter vital da mensagem da cruz é percebida por alguém, ela é compelida a produzir aquela 'inquietação tremulante' para que ele não desaponte Deus, ou se torne inadequado para o Espírito Santo usá-lo com a mensagem.
“E eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos [proclamando-vos]”, continua Paulo “A minha linguagem e a minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria, mas em demonstração do Espírito de poder; para que a vossa fé não se apoiasse na sabedoria dos homens, mas no poder de Deus”. Aqui está novamente. Paulo deliberadamente evita usar palavras persuasivas. A influência e persuasão humana não são necessárias em adição ao poder de Deus. O arauto simplesmente tem que ser cuidadosamente exato na transmissão e proclamação e então a responsabilidade está com Deus e com aqueles que a ouvem. Não é estranho estar usando palavras sobre todas as coisas da terra para atrair os homens para Deus ao invés de simplesmente anunciar a proclamação de Deus? Que tal a urgência da proclamação?
Quanto Paulo trabalhou para preparar Timóteo para conduzir a obra quando viu que sua partida estava próxima. Ouça estas últimas palavras solenes a ele: “Conjuro-te diante de Deus e de Cristo Jesus, que há de julgar os vivos e os mortos, pela sua vinda e pelo seu reino; prega [proclame] a palavra, insta a tempo e fora de tempo, admoesta, repreende, exorta, com toda longanimidade e ensino. Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo grande desejo de ouvir coisas agradáveis, ajuntarão para si mestres segundo os seus próprios desejos, e não só desviarão os ouvidos da verdade, mas se voltarão às fábulas” (2 Ti 4:1-4). Assim o idoso Paulo não estava sob a concepção errônea quanto a atitude de muitos com relação à verdade do evangelho depois dele ir-se, especialmente nos dias mais tarde nos quais estamos vivendo agora. Todavia: “Conjuro-te... PREGA [proclama]” está escrito para nós bem como para Timóteo.
Tudo o que é de Deus pode ser abertamente proclamado a todos. Não há graus de iniciação na igreja de Deus. Há diferentes estágios de crescimento no conhecimento, mas não verdades secretas que não podem ser proclamadas para todo o mundo. Oh! Pois esta coragem, franqueza e declaração aberta da Palavra de Deus, conta com o poder de Deus. Possamos todos ser salvos do esquema astuto sob a aparência externa do 'fazer a verdade conhecida '. Vamos proclamar abertamente a mensagem de Deus nos termos simples das Escrituras, assegurados da cooperação de Deus.
Gálatas 3:1 é muito vívido: “Ó insensatos gálatas! quem vos fascinou a vós?” escreve Paulo, “Ante cujos olhos foi levantada a figura de Jesus Cristo sobre a cruz”. Este é o sentido literal, diz a versão Conybeare, e Lightfoot usa a palavra 'afixada'. Esta era a forma de Paulo pregar. Ele proclamava a 'Palavra da cruz' como o poder de Deus e 'afixava' Jesus Cristo na Sua cruz diante dos gálatas. Esta é a mensagem a ser proclamada, justamente quando você sai como um arauto dizendo: 'Uma proclamação do céu Ele foi levantado na cruz por você. EIS O CORDEIRO DE DEUS!'
Do livro: 'A centralidade da cruz'
Jessie Penn-Lewis
Em Gênesis 6 encontramos: “Viu o SENHOR que era grande a maldade do homem na terra, e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração”.
Uma proclamação requer um arauto, por isso Paulo escreve a Timóteo: “Para o que fui constituído pregador [arauto]”. (1 Ti 1:11). “Para o que (digo a verdade em Cristo, não minto) fui constituído pregador [arauto]”. (1 Ti 2:7). Todas estas passagens mostram a natureza de arauto na pregação da cruz por Paulo.
Agora quanto aos termos da proclamação. Ela é a “Palavra” da cruz. “Porque os judeus pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria; mas nós pregamos [proclamamos] a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos” (1 Co1:22-23); e a Palavra da cruz com sua parte gêmea da ressurreição. “Lembra-te de que Jesus Cristo, que é da descendência de Davi, ressuscitou dentre os mortos, segundo o meu evangelho [minha proclamação]” (2 Ti 2:8). Aqui temos a dupla mensagem da cruz colocada em termos da proclamação:
- Um Messias crucificado,
- Um Messias ressuscitado da morte
O Calvário e a ressurreição, não um sem o outro. Uma morte física real e uma ressurreição física real. Então quanto à responsabilidade do arauto de proclamar a mensagem. Encontramos isto em 1 Co 9:16-17 onde Paulo escreve sobre si mesmo: “Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim, se não anunciar o evangelho! E por isso, se o faço de boa mente, terei prêmio; mas, se de má vontade, apenas uma dispensação me é confiada”. Esta é uma linguagem forte, mas Paulo a usa para mostrar aos Coríntios a compulsão divina sobre ele e quão solene a verdade confiada a ele. Eles entenderam naqueles dias quanto absolutamente um escravo tinha que obedecer a seu mestre.
Oh! Que o mesmo senso de ser constrangido por Deus para proclamar Sua mensagem possa envolver cada um dos Seus redimidos, produzindo aquele calor brando do fogo interior que os faz despreocupados sobre si mesmos desde que cumpram sua mordomia. Deus é um Rei, enviando uma proclamação ao mundo, e Ele olha para a simplicidade daqueles que Ele verdadeiramente envia. Muitas vezes parece loucura crer nisso, mas a loucura de realmente confiar em Deus é a mais elevada sabedoria.
Em seguida, quanto ao lugar de proclamação em relação a outra verdade. “Porque Cristo enviou-me, não para batizar, mas para evangelizar [publicar as boas novas]” (1 Co 1:17). As ordenanças externas eram secundárias em importância para a proclamação da mensagem. No campo missionário a obra primária dos missionários não é conseguir muitos batizados e introduzidos no rol da igreja, mas de publicar as boas novas. E quanto à linguagem e a forma na qual a proclamação deve ser entregue. “Não em sabedoria de palavras, para que a cruz de Cristo se não faça vã”. A proclamação não precisa do adorno de belas palavras e linguagem. Tem apenas que ser proclamada nesta simplicidade aberta, pois é a “Palavra da cruz” que é o poder de Deus, não as palavras sobre ela.
Aqui está também exposto o fato solene de que a mensagem que contém o poder de Deus, pode se tornar vazia e sem poder pelo pregador. Isso explica porque hoje há resultado tão pequeno mesmo quando o evangelho é pregado. Tão poucos realmente crêem que a “Palavra” mesmo, simplesmente exposta, tem nela o “poder de Deus”. Eles não querem ser simples transmissores da palavra escrita. Eles querem pregar sermões sobre a cruz, mais do que simplesmente PROCLAMÁ-LA! Quando a solenidade da confiança e do caráter vital da mensagem da cruz é percebida por alguém, ela é compelida a produzir aquela 'inquietação tremulante' para que ele não desaponte Deus, ou se torne inadequado para o Espírito Santo usá-lo com a mensagem.
“E eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos [proclamando-vos]”, continua Paulo “A minha linguagem e a minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria, mas em demonstração do Espírito de poder; para que a vossa fé não se apoiasse na sabedoria dos homens, mas no poder de Deus”. Aqui está novamente. Paulo deliberadamente evita usar palavras persuasivas. A influência e persuasão humana não são necessárias em adição ao poder de Deus. O arauto simplesmente tem que ser cuidadosamente exato na transmissão e proclamação e então a responsabilidade está com Deus e com aqueles que a ouvem. Não é estranho estar usando palavras sobre todas as coisas da terra para atrair os homens para Deus ao invés de simplesmente anunciar a proclamação de Deus? Que tal a urgência da proclamação?
Quanto Paulo trabalhou para preparar Timóteo para conduzir a obra quando viu que sua partida estava próxima. Ouça estas últimas palavras solenes a ele: “Conjuro-te diante de Deus e de Cristo Jesus, que há de julgar os vivos e os mortos, pela sua vinda e pelo seu reino; prega [proclame] a palavra, insta a tempo e fora de tempo, admoesta, repreende, exorta, com toda longanimidade e ensino. Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo grande desejo de ouvir coisas agradáveis, ajuntarão para si mestres segundo os seus próprios desejos, e não só desviarão os ouvidos da verdade, mas se voltarão às fábulas” (2 Ti 4:1-4). Assim o idoso Paulo não estava sob a concepção errônea quanto a atitude de muitos com relação à verdade do evangelho depois dele ir-se, especialmente nos dias mais tarde nos quais estamos vivendo agora. Todavia: “Conjuro-te... PREGA [proclama]” está escrito para nós bem como para Timóteo.
Tudo o que é de Deus pode ser abertamente proclamado a todos. Não há graus de iniciação na igreja de Deus. Há diferentes estágios de crescimento no conhecimento, mas não verdades secretas que não podem ser proclamadas para todo o mundo. Oh! Pois esta coragem, franqueza e declaração aberta da Palavra de Deus, conta com o poder de Deus. Possamos todos ser salvos do esquema astuto sob a aparência externa do 'fazer a verdade conhecida '. Vamos proclamar abertamente a mensagem de Deus nos termos simples das Escrituras, assegurados da cooperação de Deus.
Gálatas 3:1 é muito vívido: “Ó insensatos gálatas! quem vos fascinou a vós?” escreve Paulo, “Ante cujos olhos foi levantada a figura de Jesus Cristo sobre a cruz”. Este é o sentido literal, diz a versão Conybeare, e Lightfoot usa a palavra 'afixada'. Esta era a forma de Paulo pregar. Ele proclamava a 'Palavra da cruz' como o poder de Deus e 'afixava' Jesus Cristo na Sua cruz diante dos gálatas. Esta é a mensagem a ser proclamada, justamente quando você sai como um arauto dizendo: 'Uma proclamação do céu Ele foi levantado na cruz por você. EIS O CORDEIRO DE DEUS!'
Do livro: 'A centralidade da cruz'
Jessie Penn-Lewis
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“Todo-Poderoso , aquele que era , que é, e que há de vir.”
“Ora, vem, Senhor Jesus!”
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